por Delano Mothé.

Um sorriso tímido, mas sincero; um lance de coragem, ainda que discreto; um gesto de bondade, por menor que seja; qualquer iniciativa no Bem, que demonstre e fortaleça a fé já florescente e frutuosa, cultivada na gleba do próprio coração, é farol vivo a iluminar a vida de quantos (a começar pela de seu promotor), direta ou indiretamente, num efeito em cadeia, possam ser tocados pelo sagrado impulso benevolente que brota singelo do imo da alma, mas se transfunde, pelas Mãos do Criador, em miríades de milagres imponderáveis, multiplicados ao infinito.

De reversa maneira, embora não conte com a Intervenção Divina a lhe potencializar a influência, mas encontre o concurso de agentes do mal, pela sintonia com as trevas, toda atitude menos feliz, seja na ação ou na omissão, motivada pelas forças da desagregação, da negatividade, do desespero, do vazio, também alcança distâncias insuspeitas, contagiando criaturas incontáveis, com a infelicidade, a desesperança, a descrença que lhe foram geradoras primordiais.

Não subestimemos o poder de nossa presença e atuação no Concerto da Divina Providência. Onde quer que estejamos, com quem interajamos, somos instrumentos em vibração permanente, ressoando ondas harmoniosas ou destoantes, agregando consonâncias ou dissonâncias, equilíbrio ou tensão, cadência ou descompasso, na sucessão infinita de acordes da Divina Sinfonia da Vida…