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Por Sergio Silva

Não é raro notarmos pessoas que se entristecem com a aproximação de seu aniversário. Entre outras possibilidades de compreensão do fenômeno, há o fato de que alguns indivíduos, demonstrando já portarem certo grau de maturidade espiritual, pela capacidade de perceber as próprias falhas, sentem-se, em algum nível, em débito com as obrigações assumidas antes da presente encarnação. O que pensar, então, daquela alma realmente nobre, cuja vida tem sido marcada por incessante ação no bem, e que, mesmo assim, padece do desconforto de ver-se completando mais um ano de vida? Certamente, estamos falando de alguém que se mostra num patamar de consciência muito acima da média planetária. Este jamais se revelará plenamente satisfeito com o que dá à obra de amor que abraça, pois sente, no imo de seu coração, que sempre pode fazer mais, pelo bem, pelo amor, pela paz.


Reflexão propiciada na palestra pública do Instituto Salto Quântico, em 07 de novembro de 2010.