por Delano Mothé.

Acordei imantado nesses dias que me levam à adultidade…
Bem-vindos sejam aqueles seres polarizados
a me aguçarem a libido da alma,
curto-circuitando vida e vontade,
potencializando plantio e colheita…
Convergência à mais estreita fraternidade.

Irrompeu-se-me a “cardioimantação”
um tanto tardia, mas tenho em mim que perene,
progressiva e ignescente…
Magnetismo afluente na corrente sanguínea.

A emergente renovação,
entre as ruínas da desconstrução,
enfim achou sua válvula.
De escape em escape,
nas partilhas com a alteridade,
em refluxos de reciprocidade,
vislumbro nova identidade.

Quanto de nós nos furtam as aparências?…
Quanto de nós nos estranha ao cair das máscaras?…
Quanto de mim não encontrei por fugir do outro?…
em fuga inglória, para longe de mim mesmo…

A natureza do ser à do ímã se assemelha:
do lado exato, manifesta e fluida é a atração,
lídima comunhão de energia e propósito;
do lado oposto, seminal e frutífera é a repulsão,
para recompor, integrar, somar,
pelos impulsos do complementar,
em direção ao que nos falta amar.

(Poema composto a partir de ideia básica originalmente concebida em dezembro de 1998, com substanciais adaptações e aprimoramentos conceituais, em 27 de julho de 2011, propiciados pela misericordiosa inspiração dos Mentores Espirituais de nossa Escola Espiritual-Cristã de Sabedoria e Felicidade. Renovamos, aqui, nossa eterna gratidão àquele que nos abre as Portas Celestiais, nosso Professor-Médium-Sacerdote encarnado Benjamin de Aguiar, por seu perseverante ministério de amor e serviço ao Bem comum, assim como pelos estímulos fraternos que nos dedica, generosa e diuturnamente, no sentido de nossa melhoria pessoal em todos os campos existenciais.)